Caminhando com Vicente Faleiros – Por Paula Araújo dos Santos
No ano de 67, tornei-me aluno da UnB,
Fui preso, resisti. Nada pode me deter.
Ativista em defesa da democracia crua,
Lutei como podia contra o arbítrio da ditadura.
Caminhando e cantando, seguindo a canção,
Não canso e nem deixo a luta por transformação.
Na ditadura, uma articulação explícita:
De exploração e estrutura capitalista.
Violência como estratégia, a tática de intimidação
Mas não pode nem consegue parar a mobilização.
Pelas ruas marchando, indecisos cordões,
A universidade foi berço em meio a tensões.
Fui aluno, fui mestre fui até mesmo doutor,
Na faculdade da vida, público-pessoa se cruzou.
Nas escolas, nas ruas, campos construções,
Dores e perdas em busca de soluções.
Destaquei cidadania, juventude e infância,
No estudo da velhice, encontro consonância.
Emérito e aposentado, com 35 anos de dedicação,
Continuo professor voluntário, atuante na profissão.
Advogado, assistente social e professor,
Sigo caminhando, combatendo o opressor.
Vem, vamos embora, esperar não é saber,
Até tentaram me parar, mas eu faço acontecer