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Homenagem a Magno – Por Tatiana Lionço

A dimensão cultural institui a universidade necessária. A sensibilidade artística inclui e democratiza. A animação cultura se move alheia à censura e à ditadura. A ocupação das ruas e da universidade proporcionada por Magno viabilizou redemocratização da universidade e da cidade: tubos de ensaio de alter egos brincantes, a alma da UnB não pode ser destruída pois habita nossos sonhos.


Gay de família candango-nordestina, Magno pulsa a veia e a gana de “invasores”
que viveram e vivem em Brasília, expandindo-a para além do funcionalismo burocrático monocromático. Cara pintada de muitas décadas, testemunha ocular de golpes e impedimentos. Aprendiz de Asta Rose, voz em coro profano. Divinos tubos de ensaio: gênesis, apocalipse, pós-apocalipse. A universidade é a cidade ocupada em versos e figurinos. Até mesmo cheiro de enxofre dispôs em frente ao templo da má-fé.


Cultura para quê? Universidade para quê? Não faz sentido universidade que não seja cidade. É no ato performático, é no tom da emoção que se ocupa UnB. Fora disso, não se ocupa: se toma posse. Tomou assento, tomou lugar, fez linha de fuga e buracos no subsolo. Mago Assis jamais tomou posse da universidade: por isso ocupou e disputou os corredores e os sentimentos das gentes que ali passam. Viveu a cidade UnB em Brasília!